Se alguém ainda acredita que em absolutamente todos os países do mundo as tomadas são instaladas em 220 volts, ficará muito desapontado. De fato, 220 volts são encontrados principalmente nas extensões da antiga União Soviética, Europa, vários países da África e Sudeste Asiático. Na América do Norte, 110-120 volts dominam. Além disso, as redes de fornecimento de energia dos países diferem não apenas em tensão, mas também em frequência. Com o mesmo número de Volts, pode haver diferentes indicadores Hertz. Por que tudo é tão complicado?
Vale a pena começar com trunfos: quando a eletrificação na Rússia estava apenas começando (no crepúsculo da existência do império), o país, como nos Estados Unidos da América, usava o padrão 100-127 Volts. No entanto, já na década de 1960 ficou claro que as redes existentes não conseguiam lidar com o volume cada vez maior de consumo de eletricidade. Como resultado, decidiu-se transferir as redes para uma tensão de 220 volts. Já no final da União Soviética, o padrão que é usado nas jovens repúblicas nacionais até hoje - 220 Volts 50 Hertz - finalmente conquistou todo o seu espaço. Foi necessário mudar para ele apenas por razões de rentabilidade econômica.
Mas o consumo de energia é realmente menor na América do que na Rússia? De fato, com os Estados Unidos (e muitos outros países), tudo é muitas vezes "difícil". Tudo começou em 1880, quando o famoso Thomas Edison patenteou sua rede elétrica de três fios com um condutor neutro e dois fios para +110 e -110 Volts. Tal rede foi a primeira capaz de alimentar uma lâmpada incandescente. Este último exigia 100 volts, mas Edison estabeleceu 10% para perdas que inevitavelmente ocorrem no momento em que a corrente se move pelo condutor. A rede do famoso inventor usava corrente contínua.
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Um pouco mais tarde, outro famoso inventor, George Westinghouse, propôs a ideia de usar corrente alternada para consumidores domésticos. Uma verdadeira guerra começou entre Westinghouse e Edison! Este último, no entanto, perdeu, e em 1898 apareceu um padrão de 100-127 Volts. Eram redes de três fios de duas fases e aterramento TN-C-S. Esta tecnologia ainda é utilizada em muitos países, incluindo EUA e Canadá, pela simples razão de que para funcionar a maioria dos eletrodomésticos dessa rede é mais que suficiente, com exceção dos mais "gulosos" como uma caldeira, uma máquina de lavar ou lajes.
Quando se tornou necessário introduzir 220 volts em todos os lugares, descobriu-se que, no caso dos Estados Unidos, mudar completamente a rede elétrica não é economicamente viável. A União Soviética e a Europa, a esse respeito, foram amplamente “ajudadas” pelo fato de muitos países terem sido reconstruídos quase do zero nas décadas do pós-guerra. Portanto, era mais fácil e econômico introduzir redes fundamentalmente novas. Nos Estados Unidos, eles seguiram o caminho de menor resistência. Lá, 220-230 Volts são fornecidos às casas somente se necessário como uma rede adicional. É importante entender que, neste caso, não se trata apenas de substituir os fios da casa, mas de reconstruir completamente as estações de transformação ou até mesmo construir novas.
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Fonte: https://novate.ru/blogs/060422/62643/